Um dos comentários frequentes, nos corredores eclesiais, é “o que é que está a dar…”no respeitante à boa recepção das franjas menos praticantes do cristianismo. O comentário apresenta-se redutor porque parte de uma visão algo populista sobre o processo de evangelização, como se ele dependesse de modas, ou de encantamentos modelados ao jeito das novas gerações. Será que assim é? Ora sabemos de antemão que a própria palavra “movimento” indicia algo que pode porventura responder a um certo tempo mas que deixou de responder às novas gerações. Quem não se lembra, por exemplo, do papel da Acção Católica nas décadas de cinquenta e de sessenta do século passado? Hoje apresenta-se como um movimento moribundo, uma pálida sombra de outrora. Outros exemplos poderiam ser dados.
Ora, ao iniciarmos no passado dia 2 de Março esta experiência de anúncio na nossa paróquia, queremos constituir uma equipa que possa vir a desenvolver um trabalho de evangelização junto de quem anda mais afastado do processo de fé, inserida claro está na linha orientadora deste Movimento designado Alpha (nome que indica onde tudo começa não fosse esta a primeira letra do alfabeto grego).
O Alpha foi convidado para ser lançado em Alcabideche não por estar na moda em paróquias vizinhas, ou por possuir efeitos encantatórios.
Nada disso. Convidamo-lo por conhecermos o equilíbrio das suas propostas e por conhecermos a grande qualidade espiritual dos seus membros. Será que vai dar? Será que vai pegar em Alcabidcehe? São as habituais perguntas que formulamos no nosso interior. Uma coisa é certa o Alpha será o nosso começo junto das famílias de Alcabideche, o resto pertence ao Espírito Santo.
A nós compete-nos rezar pelo futuro da nossa paróquia.