Sexta Feira depois das Cinzas (19/02/2020)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão-de jejuar».
Palavra da salvação.
— Reflexão
O tema de hoje em Mt 19,14-15 convida-nos a refletir no sentido e importância do jejum entre os Judeus. Compreende-se facilmente o confronto entre os dois grupos de discípulos: os de João Baptista e os de Jesus, os observantes do Jejum ritual e os não observantes.
Jesus responde que Ele é o “noivo da comunidade”, e enquanto está presente não há motivo para jejuar. No dia em que Ele for tirado da comunidade, haverá motivos para jejuar. O tempo da sua presença na vida terrena é uma festa de bodas, e não convém o jejum.
Assim Jesus não se manifesta contra o jejum feito em ocasiões especiais, quando queremos servir melhor a Deus, quando nos arrependemos dos nossos pecados quando queremos criar em nós uma verdadeira «caridade operosa», para nos libertar dos fermentos do pecado…
Tendo em linha de conta a advertência de S. Paulo; “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus(1 Cor 10,31)”. perguntemos a nós mesmos com sinceridade:
Meus jejuns são autênticos compromissos com Deus ou faço-os por protocolo? Meus jejuns surgem do fundo do meu coração, da minha vontade? Qual o meu real compromisso cada vez que escuto a palavra de Deus?
Mais do que preocuparmo-nos com o jejum ritual, é importante viver a dimensão festiva da presença do Senhor que nos leva a colaborar com entusiasmo no seu Reino de amor!…
— Oração —
Pela Vossa bondade, Senhor, mostrai-Vos favorável às nossas obras de penitência, a fim de podermos realizar com espírito sincero a observância quaresmal que nos impomos.