Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.

Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

 

— Reflexão

O capítulo 14 faz-nos compreender a situação na qual virão a encontrar-se os crentes depois da morte e ressurreição de Jesus. As palavras do Mestre tornam-se  uma chave de interpretação da vida do cristão em tempo de dificuldade, de perseguição, de incompreensão, de crise.

O Mestre, respondendo à pergunta de Tomé, não  afirma que diz a verdade mas que é verdade. «Eu sou o caminho, a verdade e a vida.» (v. 6) Segundo S. João verdade é  o movimento de comunhão que une o Pai e o Filho: Jesus é a transparência plena, concreta, dessa comunhão. A verdade manifesta-se numa história particular – a do Verbo que se fez homem. Jesus é o caminho para o Pai. Através de Jesus, podemos ter acesso direto a Deus, porque Jesus é Deus. Na cruz Jesus abriu a porta, deixando aberto o caminho para Deus. Quem segue Jesus segue seu Caminho para a vida eterna (Hebreus 10:19-20).

Jesus mostrou-nos o caminho que conduz ao céu, é aquele que ele mesmo percorreu primeiro. É o caminho da humildade e da doçura, é o caminho do desapego e da renúncia, a via da penitência e da reparação, é a via da dedicação e do sacrifício.
É também a via de união e de amor. Eis o caminho: manter-nos unidos a Jesus, ao seu divino Coração: fazer em tudo a sua vontade, permanecer no seu amor; aprender dele que é doce e humilde, que foi sacrificado e imolado, que se abandonou nas mãos do Pai (Leão Dehon, OSP 3, p. 441s.).

 

— Oração        

Pai Santo, o Senhor Jesus Cristo, Rei da glória, foi constituído mediador entre Deus e os homens, juiz do mundo e Senhor dos senhores. Ele não abandonou a nossa condição humana, mas subindo aos Céus, como nossa cabeça e primogénito, deu-nos a esperança de irmos um dia ao Seu encontro, como membros do seu Corpo, para nos unir à Sua glória imortal. Voltamo-nos para os pagãos.

 

— Canto de Meditação

Via de Amor

 https://youtu.be/Twy3Ap_eRmQ

 

 

Pe. Abílio Nunes, SDB