Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
— REFLEXÃO
A misericórdia de Deus é a grande revelação que Jesus nos veio fazer. O ser misericordioso é também a atitude que temos mais dificuldade em manifestar para com os nossos irmãos. Somos mais facilmente justiceiros do que misericordiosos. Por isso, somos tão pouco cristãos!
A acusação dos puritanos a Jesus era verdadeira. Ele andava com pessoas de má fama. O evangelho de hoje, narra que Jesus chama para a sua companhia, um cobrador de impostos um dos “ladrões oficiais” a evitar social e religiosamente.
Jesus justifica esta escolha pois só os doentes precisam de médico Jesus mostra a misericórdia de Deus acolhendo os pecadores e os ignorantes: Estes captaram a mensagem libertadora de Cristo melhor que os justos e os sábios.
A misericórdia de Deus não é cumplicidade, mas procura do homem para o promover e redimir. Para o Senhor a pureza religiosa autêntica não é a legal, mas a conversão ao amor, à piedade e à misericórdia. Uma religião sem ligação ao compromisso de vida não é agradável ao Senhor.
A religião é válida quando manifesta a fé e a entrega incondicionais a Deus como resposta a um amor que nos precedeu primeiro em Cristo; manifesta a atitude de recetividade e pobreza perante a gratuitidade de Deus, que nos ama porque ele é bom e não porque o mereçamos; a adoração ao Pai em espírito e em verdade; a abertura ao marginalizado social e religioso; a compreensão, a tolerância e a justiça, inclusivamente sobre o próprio culto; o conhecimento de Deus, definitivamente, por meio de seu Filho e da sua Palavra pessoal que é Cristo, feito homem por nós, “morto pelos nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação” (Rm 4,25).
— ORAÇÃO
Deus de misericórdia, bendizemos-vos porque no chamamento de Mateus por Cristo destes provas de acreditar no homem, apesar de tudo.
Fazei que a brisa da vossa ternura areje os nossos corações com a esperança e o gosto do vosso banquete de festa, e concedei-nos um lugar na tua mesa ao lado de Cristo. Amen.
— CANTO DE MEDITAÇÃO
Senhor tu nos chamastes:
Pe. Abílio Nunes, SDB