Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela. Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias. Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O, para que não os deixasse. Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus, porque para isto fui enviado». E pregava pelas sinagogas da Judeia.
REFLEXÃO
Nesta passagem Jesus apresenta-Se como pregador e curador do das muitas doenças que afligem o homem.
Grandes multidões acorrem Ele considerando-o verdadeiro salvador Até os demónios que Ele expulsa continuam a reconhecê-lo não só como o Santo, mas também como o «Filho de Deus» (v. 41), o título mais elevado da identidade de Cristo.
Jesus é apresentado como o único e verdadeiro médico, habilita a pessoa curada para o serviço (como aconteceu com a sogra de Simão) e recondu-la na condição de liberdade de decidir por si mesma, sem ter de sofrer o condicionamento de forças obscuras.
Cura e liberdade atraem muitos para o Mestre, mas quando Ele repara que querem retê-lO, não O deixando livre de continuar a Sua missão, retira-Se. Jesus sente a urgência do anúncio do Reino de Deus, cujos efeitos devem ser, antes de mais, a conversão para uma ordem divina da vida. Só a partir desta ordem se pode beneficiar da saúde e da liberdade é sempre caduca e débil, necessitada de ser socorrida, para que o óleo da alegria e da esperança possa restituir vigor à criatura amada por Deus.
Saber que se está doente, é a condição necessária para que alguém procure o médico e se deixe tratar. Jesus não faz milagres onde falta este reconhecimento de base e onde não há a humildade suficiente para aceitar ser curado.
O exemplo libertador assinala-nos um caminho de compromisso cristão com a libertação da dor dos nossos semelhantes em qualquer das suas manifestações: doença e fome, miséria e ignorância, opressão e escravidão
Somos chamados a minimizar a dor dos nossos irmãos e testemunhar o Reino de Deus entre nós.
ORAÇÃO
Senhor, na vossa vida mortal passastes fazendo o bem e curando a todos os que estavam prisioneiros do mal. Vinde ainda hoje, como bom samaritano,
VIDEO DE MEDITAÇÃO
Jesus cura a sogra de Simão …
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Pe. Abílio Nunes, SDB