Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

 

REFLEXÃO

Lucas apresenta-nos a parábola do fariseu – representando aquele que cumpre a Lei até ao exagero e a do publicano alguém que é apresentado como “pecador” público. A narração ilustra o tema da necessidade da oração e a atitude correta perante Deus e os outros.

No Templo, o fariseu orou em pé não orava a Deus “dirigia uma oração a si mesmo” (Lucas 18:11). Não confessou seus pecados e nem mostrou arrependimento.

A oração do publicano foi muito diferente da do fariseu. Ficou à distância. Ao contrário do fariseu, ele não queria ser visto, apenas desejava desesperadamente o perdão de Deus.

Reconheceu o estado de miséria clamou a Deus por misericórdia: “Ó Deus, sê misericordioso para comigo, o pecador”.

Jesus então declarou que foi o publicano, e não o fariseu, que voltou para a casa justificado. Ele conseguiu, a paz. O Senhor concluiu “Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18:14) …

Perante este facto somos convidados a avaliar nossa conduta diante da Palavra de Deus.

Somente quem, como o publicano, reconhece a miséria e a pobreza do seu coração, sabe que não pode ter confiança em si mesmo, e por isso Deus pode entrar na sua vida. Olhemos somente para Cristo; Reconheçamos somos justificados diante de Deus apenas pelos seus méritos. É em Cristo que encontramos descanso para nossa alma.

 

ORAÇÃO

Obrigado, Senhor, pela lição de conversão de hoje. Faz-nos entender que somos tão fariseus como pecadores, tão hipócritas como medíocres, tão néscios como soberbos. Ensina-nos, Senhor, a oração que te agrada: Tem compaixão deste pecador! Senhor, eu não sou digno…Tu sabes muito bem o miserável e desprezível que sou, mas a tua ternura, o teu amor e o teu perdão não têm limite; por isso salvas todo o que se acolhe à tua misericórdia. Bendito sejas para sempre, Senhor!

Ámen.

 

AUDIO DE MEDITAÇÃO

Tende compaixão de nós, Senhor

https://www.aliturgia.com/mp3/musicas/403_Tende_compaixao_de_nos.mp3

 

 

Pe. Abílio Nunes, sdb