Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, levando cada uma de duas a três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, – ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.
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REFLEXÃO
Deus revela-nos frequentemente a sua glória nos lugares mais improváveis: num frio estábulo em Belém, numa festa de casamento no vilarejo de Caná, numa cruz ensanguentada no Golgatha ou na estrada para Emaús.
Na leitura do Evangelho de hoje, vemos o primeiro sinal e milagre público que Jesus realizou. O Senhor Jesus trouxe grandes bênçãos e alegria para um casal recém-casado na festa de casamento quer pela sua presença quer por ter salvo os noivos da falta do vinho.
Transformar água em vinho foi um notável ato de bondade; mas dar o melhor para durar era desnecessário e inédito. No Velho Testamento, o vinho é visto como um presente e uma bênção de Deus (Deuteronômio 7:13; Provérbios 3:10, Salmo 105).
Este milagre significa o “vinho novo e rico” do Evangelho e aponta para o “vinho da nova aliança” e o “pão da vida” que Jesus oferece aos seus discípulos na Ceia do Senhor ou Eucaristia. Também aponta para o banquete messiânico que Jesus fornecerá no final dos tempos, quando vier novamente em sua glória. Os milagres de Jesus demonstram o poder do amor e da misericórdia de Deus por seu povo. A bondade de Deus não conhece limites. E a expressão máxima de seu amor é revelada na pessoa de seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Tornou-se carne por nossa causa, morreu por nossa redenção e ressuscitou para que nós também pudéssemos ser ressuscitados e glorificados com ele.
ORAÇÃO
Pai Celestial, revelastes nos a vossa glória em nosso Senhor Jesus Cristo. Enchei-nos com o vosso Espírito Santo para que possamos glorificar-vos em todas as nossas atividades.
VIDEO DE MEDITAÇÃO
Observemos o filme com especial atenção para Maria e Jesus.
O que ela diz aos serventes : “«Fazei tudo o que Ele vos disser».” (Jo 2,5). Maria perfeita discípula e seguidora de Jesus, a pedagoga e guia dos cristãos:
Pe. Abílio Nunes, SDB