Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?». Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Reflexão
A passagem do Evangelho (Mc 10,35-45) é composta por três secções: o desejo de poder por parte de Tiago e João; a resposta de Jesus aos dois irmãos; a instrução de Jesus sobre a autoridade.
A esperança de um Messias político levou Filipe e João a garantir um lugar de destaque no novo reino fazendo um pedido que indignou os apóstolos: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda».
Cristo explica a função de cada discípulo no reino messiânico, subvertendo os esquemas convencionais «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será o vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos».
Os seguidores de Cristo devem contrapor a responsabilidade, fraternidade, serviço ao domínio, o autoritarismo e a ambição de poder Cristo fala de Si mesmo como motivação e exemplo vivo: «Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para dar a vida pela redenção de todos».
Ele deu-nos o exemplo. Por exemplo, na última ceia, Jesus adopta o papel de servo e põe-se a lavar os pés aos discípulos. O convite com que terminou este gesto: «Fazei vós o mesmo» é um apelo a todos os membros da comunidade eclesial, hierarquia e fiéis, a seguir o seu exemplo de serviço aos irmãos, os mais débeis, pobres e deserdados.
Este é o caminho que culmina no acto supremo de serviço ao reino de Deus, como fez Cristo, e depois d’E!e, os apóstolos e os santos.
ORAÇÃO
Damos graças, Senhor Deus, nosso Pai, por nos chamastes ao seguimento de Cristo, que inaugurou um mundo novo em que os primeiros e os maiores são os que servem os outros.
Faz, Senhor, que assimilemos o ensinamento e exemplo de Jesus, e optemos por relações fraternas de amor e serviço mútuo aceitando com um sorriso alegre os outros como são e partilhando as dores, alegrias e esperanças de todos.
VIDEO DE MEDITAÇÃO
Cristo quer a tua ajuda para amar, para amar: os irmãos, os mais débeis, pobres e deserdados…..
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Pe. Abílio Nunes, SDB