Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?».
Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?».
João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?».
Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo».
Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias.
Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo.
Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».
Palavra da salvação.
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REFLEXÃO
O texto litúrgico divide-se em duas partes: Na primeira parte João Baptista dirige-se às multidões, aos publicanos e aos soldados, apelando á mudança de vida para receberem o messias salvador (w. 10-14), na segunda parte anuncia Cristo (w. 15-18), com quem se devem encontrar e não a ele apenas um mero precursor.
João Baptista antecipa o ministério de Jesus, anuncia ao povo a Boa Notícia» (v. 18)
O auditório de João Baptista é formado pelos «publicanos, soldados» e, genericamente, de «multidões». Apesar da fama de serem pessoas desonestas e injustas são pessoas sedentas de conhecimento e de instrução como se deduz pelas pergunta: «E nós, que devemos fazer?» Recomenda aos publicanos que não pratiquem abusos; aos soldados diz-lhes simplesmente que não se aproveitem da força das armas para humilhar os mais fracos. Às multidões recomenda-lhe o amor fraterno.
Depois João define Jesus como «um mais forte do que ele» (Lc 3,16a) porque é capaz de repelir as forças do mal (Lc 11,20-22). «Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo» (v. 16): estes meios de purificação demonstrar-se-ão muito superiores à água com que João batiza. Será esse «Batismo» com o fogo e com o Espírito que derramará sobre o mundo a alegria e a exultação anunciadas pelo profeta Sofonias para Jerusalém, a «filha de Sião» (SF 3,14-18).
João Baptista preparou de facto a vinda do Messias: Convidou os seus ouvintes a serem honestos, e fiéis aos compromissos assumidos A mensagem de João Batista foi recebida e completada na primeira comunidade cristã, onde a regra fundamental de terem «tudo em comum» (ACT 2,44) encontra eco nas palavras de João: «Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida faça a mesma coisa» (Lc 3,11).
Pensemos neste advento no que pode mudar na minha vida …
ORAÇÃO
Senhor, fazei que o nosso coração se deixe encher pela perceção jubilosa da Vossa presença, e brote em nós a esperança animada pela Vossa doce companhia.
VÍDEO DE MEDITAÇÃO
Neste vídeo interiorizamos a Missão do Precursor e do Messias. Ambos colaboraram para o projeto de Salvação de Deus a favor da humanidade.
https://www.eelmoh-dictof.com/wp-content/uploads/2021/12/Batismo-de-Jesus.mp4
Pe. Abílio Nunes, SDB