Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz.

Não vo-la dou como a dá o mundo.

Não se perturbe nem intimide o vosso coração.

Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós.

Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu.

Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis.

Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo.

Ele nada pode contra Mim, mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».

 

 

— Reflexão 

Jesus despede-se dos seus amigos deixando-lhes um dom precioso “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como o mundo dá”

A paz de Cristo é o objetivo da sua vinda ao Mundo (Jo 10,10)  Consegue viver feliz quem aceitar  a salvação de Deus, quem aceitar os ensinamentos do seu Filho Jesus. Ele é a  “nossa paz”, como diz S. Paulo (Ef 2,14). Não é uma paz interesseira e temporal que significa ausência de guerra e violência, ou melhor, equilíbrio de forças.

A paz de Deus dá ao  crente alegre segurança da permanente presença de Cristo pelo seu Espírito. “Que não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Vós ouvistes o que vos disse: Vou e volto para o vosso lado”.

Jesus está prestes a partir para o Pai mas tal não deve provocar nos discípulos medo e desgosto, mas paz e alegria, porque, de facto, Cristo vai para a glória do Pai, que nos dará todas as  bênçãos com a sua paz. “Se eu não for, não virá a vós o Paráclito” (Jo 16,7).

A sua partida significa missão cumprida na obediência e liberdade: “ninguém me tira a vida, mas sou eu que a entrego livremente. Tenho poder para a entregar e para a recuperar. Este é o mandato que recebi do Pai” (10,18).

Seguindo as pegadas de Jesus também nós devemos ser mensageiros da paz de Deus para todos aqueles com quem nos relacionamos.

Na celebração eucarística, quando se aproxima o momento da comunhão, as preces litúrgicas da comunidade centram-se no tema da paz que recebemos de Deus e que, tal como com o pão da unidade, partilhamos com os irmãos em Cristo.

 

— Oração 

Glorificamos-te, Senhor, porque Cristo selou com o seu sangue a nova aliança.

Ele é a nossa paz definitiva.

Mantém-nos sempre, Senhor, em comunhão contigo para poder se mensageiros de paz no nosso mundo
partilhando o pão da unidade e da fraternidade.

Ámen.

 

— Canto de meditação 

Põe tua mão …
https://youtu.be/h_DATxIHP4Q

 

 

Pe. Abílio Nunes, SDB