Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus
Naquele tempo, Jesus foi para as margens do mar da Galileia, subiu a montanha, e sentou-se. Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel. Jesus chamou seus discípulos e disse: “Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho”. Os discípulos disseram: “Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?” Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete, e alguns peixinhos”. E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
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REFLEXÃO
A mensagem central do Evangelho de hoje é e um convite à distribuição do pão oferecido por Jesus posto em comum, comido por todos, um pão fonte inesgotável de alimento (encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.)
Jesus enquanto alimento de vida deixa-nos um sinal. Enquanto ceava com os seus discípulos, «tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o, distribuiu-o aos seus discípulos e disse: “Tomai e comei, isto é o meu corpo”» (MT (5) 26,26).
Com este gesto pretende dar resposta à fome, não só a de tipo espiritual, mas também a de tipo material. Quem interioriza a sua Palavra e comunga o pão eucarístico indica a vontade de colocar à disposição de quem tem fome os bens que Deus lhe deu.
O homem é chamado a comer à mesa com os seus irmãos. Só quando é partilhado é que o pão deixa de ser motivo de disputas e se torna sinal de amor e de fraternidade. Existe o problema da fome no mundo e nós quereríamos que Deus o resolvesse com multiplicações.
Em vez de multiplicar material: o dinheiro, a saúde, os anos de vida, as amizades, os sucessos deixemo-nos envolver pela lógica de Jesus responsabilizando-nos pelos que têm fome e precisam do nosso pão de cada dia
O autêntico cristão é vocacionado para colaborar na solução do problema da fome material e na sua resolução .
Alimentando-nos da Palavra de Cristo e do seu pão eucarístico, sentimo-nos irmãos e colocamos os imensos dons que recebemos de Deus ao serviço de quem precisa.
Oração
Preparai, Senhor, os nossos corações com o poder da Vossa graça, para que, no dia da vinda de Cristo vosso Filho, mereçamos entrar no banquete da vida eterna e receber d’Ele mesmo o alimento do Céu.
Video de Meditação
Ele veio para nos alimentar e nós saciados alimentamos os outros nossos irmãos
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Pe. Abílio Nunes, SDB