Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.

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REFLEXÃO

O trecho divide-se em dois quadros caracterizados pelo lugar e pelas ações que nele se realizam: o Templo, onde é proclamado profeticamente o cumprimento das antigas promessas em relação a Jerusalém (w. 36-38) e a cidade da província, Nazaré da Galileia (w. 39-40), onde é situado o crescimento do Menino e da graça de Deus. A apresentação da profetisa Ana, que vê e que fala do Menino «a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém» é uma pérola neste contexto.

De acordo com a sua sensibilidade teológica, o evangelista São Lucas que tinha apresentado o velho sacerdote Simeão esperando a «redenção de Israel» (Lc 2,25), introduz agora uma personagem feminina como figura da expectativa do Antigo Testamento, e perspectiva uma descrição pormenorizada dela: pai, tribo, idade, situação familiar, estatuto religioso-espiritual. Ana intui e anuncia que naquele Menino se realiza a chegada definitiva da salvação. Com o cântico de Simeão, com a profecia dirigida a Maria e com o «louvor» de Ana, o templo de Jerusalém torna-se o lugar da profecia que comprova e testemunha, para Israel e para toda a humanidade, a alegre mensagem de que Deus cumpriu as Suas promessas.

Do Templo de Jerusalém, passa-se para a pequena cidade da província, Nazaré da Galileia, onde São Lucas situa o crescimento progressivo do Menino e da «graça» que Ele representa.

Ana, a profetiza, reconheceu também Jesus e d’Ele falava a todos os que encontrava. Falava-lhes d’Ele como o libertador de Jerusalém. A nossa fé leva-nos hoje ainda mais longe: Jesus é o Salvador de todos os homens, para além dos condicionalismos temporais e terrenos de cada um.


ORAÇÃO

Senhor ensinai-nos  o valor da vida calma, esperando e deixando que o vosso  favor desça sobre nós e possamos sabiamente proclamar  as maravilhas da vossa vinda ao mundo.

 

VÍDEO DE MEDITAÇÃO

Desde os tempos antigos até aos dias de hoje os crentes gritam de júbilo cantando: O senhor salvou-me porque me tem amor

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Pe. Abílio Nunes, SDB