Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-no por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

 

— REFLEXÃO

O Evangelho de hoje convida-nos a meditar no maravilhoso sinal  da multiplicação dos pães e dos peixes : 14Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes(Mt 14,14).

Este milagre, revelador da misericórdia de Jesus evoca  outro beneficio ao  povo escolhido, o  maná com que Deus alimentou o seu povo em marcha  pelo deserto sob a direcção de Moisés, e também a  outra multiplicação dos pães de cevada por Eliseu em Guilgal (2Rs 4,42ss). A multiplicação dos pães e peixes    simboliza a fome de séculos de uma humanidade ansiosa pela libertação messiânica  : <E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.>(Mt 14,21)

Também manifesta a  missão de Cristo, a dar-se como alimento  permanente no altar da vida ao  novo povo de Deus, a Igreja peregrina.

Como outrora fez o convite aos seus discípulos «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer»(Mt 14,16). Também somos convidados a alimentar os pobres que diariamente batem à porta do nosso coração.

Ao falar de matar a fome não nos referimos só aos carenciados de  bens materiais mas também a outros tipos de fome e privação o: fome de pão e justiça, de trabalho e habitação, de dignidade pessoal e cultura…

Jesus, pão da Vida,  deixou-nos a missão de agir como Ele . No inicio da Missa reunimo-nos no amor de Cristo dispostos à missão da partilha do que somos e temos a favor de todos os nossos irmãos.

 

— ORAÇÃO

Bendizemos-te, Pai, porque nos convidas a sentar-nos à mesa em que vosso Filho, Cristo Jesus, multiplica o pão para os famintos do mundo.

Dá-nos, Senhor, fome do pão da vida que és tu,

Faz que sejamos generosos em servir os mais pobres e estejamos dispostos a partilhar tudo o que temos com os nossos irmãos mais necessitados, como tu fizeste.

 

— VIDEO DE MEDITAÇÃO

https://www.dominicus.pt/wp-content/uploads/2021/07/0802-Mt-14.-13-21-multiplicacao-dos-paes-.mp4

 

Pe. Abílio Nunes, SDB