No dia 3 de janeiro, a Igreja oferece a possibilidade de celebrar a Memória facultativa do SS. Nome de Jesus, comemorada antigamente no domingo entre a Oitava de Natal e a Epifania. A razão por que os católicos cantamos hoje as glórias do Nome de Nosso Senhor é o fato, atestado nas SS. Escrituras, de o próprio Deus ter exaltado, para sua honra e glória, esse mesmo Nome. Na Epístola aos Filipenses, com efeito, o Apóstolo S. Paulo refere que Deus exaltou soberanamente o seu Filho encarnado, outorgando-lhe um Nome que está acima de todos os nomes, de maneira que ao Nome de Jesus deve dobrar-se todo joelho no céu, na terra e nos infernos (cf. Fp 2, 9-10), e toda língua há de confessar, para glória do Pai, que Jesus Cristo é o Senhor (cf. Fp 2, 11). Essa verdade, que a liturgia antiga professava no intróito da festa de hoje, a liturgia atual recorda-a a cada menção do Nome de Jesus, à qual o sacerdote celebrante, conforme as rubricas do Missal, deve inclinar a cabeça em sinal de reverência, gesto que os fiéis assistentes, como estímulo à piedade, são chamados a imitar. Também o evangelista S. João, por sua vez, recorda as seguintes palavras de Cristo, que expressam o poder que o SS. Nome dele tem aos olhos do Pai: “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu Nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes, em meu Nome, vo-lo farei” (Jo 14, 13-14). Indicado em sonhos a S. José e anunciado à Virgem Maria por S. Gabriel Arcanjo, o Nome de Jesus é em si mesmo uma profecia e um sinal da missão fundamentalmente salvífica do Menino Deus, cujo Natal celebramos há pouco: Jeshua‘, como todos sabem, significa “Yahweh salva”, ou seja, “Deus salvador”, porque Cristo não nasceu senão para nos salvar pela assunção de uma natureza humana, pela qual Ele pudesse padecer e morrer na cruz, solvendo assim o débito do nosso pecado. Unidos hoje àquele que se sacrificou em nosso nome, entregando-se à morte a fim de nos dar a vida, exaltemos com hinos, preces e louvores o SS. Nome do Senhor Jesus, tão suave, bondoso e cheio de misericórdia para todos os que o invocam com devoção e confiança (cf. Sl 85, 12.5). (in PadrePauloRicardo.org)