Em 1859 a Sociedade de S. Vicente de Paulo entra em Portugal e funda-se a primeira conferência vicentina em Lisboa. Foi o jovem estudante universitário Frederico Ozanan quem fundou as conferências de S. Vicente de Paulo em Paris e que hoje estão espalhadas por todo o mundo. Têm como inspiração S. Vicente de Paulo (1581 a 1660). Têm por objeto essencial a evangelização, a promoção da dignidade da pessoa humana através do apoio material, social e espiritual a pessoas singulares e famílias. Em Portugal há quase mil conferências vicentinas. Só na paróquia de Alcabideche funcionam 7 (em Adroana, Alcabideche, Alvide, Cruz Vermelha, Bicesse, Manique e Murches) que apoiam mais de 2.500 pessoas. Em regra, as conferências apoiam em géneros alimentares, roupas, calçado e pontuais comparticipações em medicamentos, rendas de casa, água, gás e luz. A visita às famílias carenciadas é certamente a atividade mais importante e motivante do vicentino. Serve para compartilhar vidas, abrir caminhos de esperança suportados na fé católica, procurar possíveis soluções, minorar a solidão, criar redes de afetos e fazer sentir às famílias que alguém está atento às suas angústias. É o encontro evangelizador e apostólico entre o vicentino e a família. É Jesus Cristo quem faz a visita e não o vicentino. Este é apenas o seu humilde mensageiro e núncio. De facto, a visita do vicentino tem de ser criadora de esperança, é a “Igreja em saída” que procura realizar “o sonho missionário de chegar a todos”. O vicentino tem três referências: Jesus Cristo como modelo de vida, o Evangelho como regra de vida e as pessoas carenciadas como preocupações de vida. O Vicentino procura “amar e servir a Deus, amando e servindo diretamente os pobres”.
Relembramos que dia 17 Outubro Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza