No texto da Congregação para a Doutrina da Fé, o Vaticano salienta a preferência da Igreja Católica pela sepultura dos mortos, mas não proíbe a cremação.
Proibida é, todavia, a conservação das cinzas dos mortos em casa e a sua dispersão, conforme se sublinha no documento que deve servir de orientação para os católicos.
“As cinzas do defunto devem ser conservadas num lugar sagrado“, salienta-se no texto divulgado nas vésperas do Dia de Todos os Santos, que se assinala a 1 de Novembro, e que leva os católicos aos cemitérios para homenagearem os familiares mortos.
Determina-se neste documento que as cinzas devem ser guardadas “no cemitério, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica”.
Desta maneira, está-se a “contribuir para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação dos parentes e da comunidade cristã”, sublinha o Vaticano.
Estas orientações, nota o Vaticano, evitam ainda “a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas”.
Também fica a nota de que as cinzas “não podem ser divididas entre os vários núcleos familiares”, nem conservadas “sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objetos”.